Inutilidade
Este é um texto totalmente inútil para você.
Não espere o utilitarismo recente nesse texto. Provavelmente você poderia estar estudando, assistindo uma série ou rezando. De fato existem dezenas de coisas mais produtivas que poderiam ocupar seu tempo. Mas repito: você não vai aprender nada lendo isso.
Em princípio o aprendizado de uma linguagem consiste em repetição e prática e tenho buscado a formação de minha própria linguagem filósofica. Não é algo novo nem revolucionário, apenas possui minha própria reflexão nele. Este tipo de coisa não é para facilitar a compreensão dos outros, mas para de alguma forma criar uma intimidade maior com meu próprio pensamento.
Me esbarrrei com uma nulidade agradável, um conforto que não se equipara a intensidade da alegria porém permite que a angustia e a aflição desapareça por alguns instantes. Isso gera algo maior? Muito provavelmente não. Nem mesmo se torna memorável como uma grande alegria. Contudo, vejo que esse vazio momentâneo seja suficiente para não questionar nem amargar o dia do amanhã. O futuro e suas respectivas obrigações que atormentam a alma o tempo todo, talvez uma das maldições de nossa época.
Quanto menos falo, mais penso. E a medida que isso ocorre, a qualidade dos mesmos se expande consideravelmente. Nem sempre penso para gerar algo, Aristóteles dizia que o mais prazeroso é o saber pelo saber. E eu o busco em alguma medida.
Em meio aos pensamentos encontro o desconhecido, porém minha preocupação é não me sentir tentado a me jogar de cabeça nisso e deixar de lado tudo o que acredito em prol de uma aventura. Se permanecer jogado ao conforto para sempre estarei condenado a nunca viver.
Felizmente poupo este microblog de meus maiores sofrimentos, dezenas e dezenas de linhas recheadas de metáforas, rimas brancas e devaneios adolescentes. Contudo sei que não é de utilidade alguma também.
E chegando enfim nesse papo de utilidade, o que é de fato útil? É aquilo que gera favor para a sociedade apenas? Então a própria sociedade se esforça para fazer útil uma coisa inútil? Estaríamos presenciando uma hipocrisia sistemática? E por que isso espantaria se todos nós carregamos isso dentro de nós? Que perda de tempo horas!
Imagino o quão estranha era a vida de um sofista, as vezes temo-o ser. A própria verdade me induz muitas vezes errar de maneira não intencional. Apenas faço uma pausa para me desculpar com minha própria alma.
Melhor é ir estudar pra ser alguém na vida, embora pense o mesmo que Drummond sobre esse fato.
Não espere o utilitarismo recente nesse texto. Provavelmente você poderia estar estudando, assistindo uma série ou rezando. De fato existem dezenas de coisas mais produtivas que poderiam ocupar seu tempo. Mas repito: você não vai aprender nada lendo isso.
Em princípio o aprendizado de uma linguagem consiste em repetição e prática e tenho buscado a formação de minha própria linguagem filósofica. Não é algo novo nem revolucionário, apenas possui minha própria reflexão nele. Este tipo de coisa não é para facilitar a compreensão dos outros, mas para de alguma forma criar uma intimidade maior com meu próprio pensamento.
Me esbarrrei com uma nulidade agradável, um conforto que não se equipara a intensidade da alegria porém permite que a angustia e a aflição desapareça por alguns instantes. Isso gera algo maior? Muito provavelmente não. Nem mesmo se torna memorável como uma grande alegria. Contudo, vejo que esse vazio momentâneo seja suficiente para não questionar nem amargar o dia do amanhã. O futuro e suas respectivas obrigações que atormentam a alma o tempo todo, talvez uma das maldições de nossa época.
Quanto menos falo, mais penso. E a medida que isso ocorre, a qualidade dos mesmos se expande consideravelmente. Nem sempre penso para gerar algo, Aristóteles dizia que o mais prazeroso é o saber pelo saber. E eu o busco em alguma medida.
Em meio aos pensamentos encontro o desconhecido, porém minha preocupação é não me sentir tentado a me jogar de cabeça nisso e deixar de lado tudo o que acredito em prol de uma aventura. Se permanecer jogado ao conforto para sempre estarei condenado a nunca viver.
Felizmente poupo este microblog de meus maiores sofrimentos, dezenas e dezenas de linhas recheadas de metáforas, rimas brancas e devaneios adolescentes. Contudo sei que não é de utilidade alguma também.
E chegando enfim nesse papo de utilidade, o que é de fato útil? É aquilo que gera favor para a sociedade apenas? Então a própria sociedade se esforça para fazer útil uma coisa inútil? Estaríamos presenciando uma hipocrisia sistemática? E por que isso espantaria se todos nós carregamos isso dentro de nós? Que perda de tempo horas!
Imagino o quão estranha era a vida de um sofista, as vezes temo-o ser. A própria verdade me induz muitas vezes errar de maneira não intencional. Apenas faço uma pausa para me desculpar com minha própria alma.
Melhor é ir estudar pra ser alguém na vida, embora pense o mesmo que Drummond sobre esse fato.
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