A Tirania Interior


Tirania; s.f. Excesso de poder conseguido de forma desonesta.

Existe alguma forma de impedir a tirania no microcosmo?



A mesma se apresenta até na arte, embora esta sirva para gerar satisfação e um significado maior ela sempre é um contraste para com a vida. Mesmo que possua um significado ou aparência ruim ou sombria sempre será mais feliz que a realidade existente.

Sempre foi uma forma de fugir dessa sobrevivência desenfreada e sem muito sentido. A arte é uma forma de tirania contra o próprio individuo. Contudo não é nada comparada ao pior ditador que é o próprio ser.

É uma forma tão poderosa de influência que gera uma fé afirmativa muito mais forte que qualquer religião, é a certeza do nada, da insignificância, da incapacidade de possuir qualquer atributo que seja digno de admiração.

Sempre foi assim, nós somos os nossos próprios carrascos. E sempre se parece tão difícil de escapar que os únicos que conseguem fugir disso são aqueles que fogem. Cada um do seu jeito.
Como a infelicidade é tão recorrente para todos? Mesmo os que tem uma vida relativamente boa se afligem com ideias e pensamentos que são gerados inconscientemente na própria cabeça. A ideia de fugir realmente parece tentadora.

Então a resposta é que estamos vivendo em uma distopia? Onde só podemos fugir de nós mesmos e nos acostumar com a maldita ideia de sofrimento?

Ninguém nunca virá nos salvar?

Parece que a única maneira de encarar esse problema é criando outras preocupações artificais e rasas, assim somente poderemos finalmente escapar dessa morte lenta.
Todo dia mais incompreendido, todo dia mais atordoado e lidando de maneira manual. Já não há mais motivos para querer mudar, não há esperança.

Tenho o conhecimento de um pequeno grupo seleto de indivíduos que conseguem se adptar as condições horríveis e vivem ainda sim a verdade, de maneira satisfatória. Mas pode-se considerar isso a felicidade?

Por quê algo tão sério se é deixado de lado com tanta facilidade? Por quê isso devora a tranquilidade?
Independente da virilidade e da sua vontade. Esse sentimento se achega com a idade e então o devora, e isso arde.

Eis a súplica; Oh doce arte, salve-me de mim mesmo! Me permita mudar e me achegar ao teu colo! Aceita-me como teu filho e poupa-me de toda essa maldade!

Já é tarde ou ainda há tempo para a mudança?


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